Um convite à reflexão
Por Isabela Martins
Há momentos em nossas vidas em que nada parece florescer. O chão, que anteriormente foi tão bem preparado por nós, não gerou frutos, os resultados não apareceram. Os dias se sucedem, um após o outro, e nós passamos por eles mecanicamente, seguindo uma entediante rotina que de fato não nos pertence.
Mas, o que de fato nos pertence? Levaremos alguma coisa conosco? Ou melhor, quem somos nós? Porque estamos insatisfeitos? “A economia está ruim, por isso estamos insatisfeito”, alguns dirão. “A culpa é da Dilma”, dirão outros. A culpa é das instituições sociais, das nossas ações, dos erros passados...Todos temos uma parcela da culpa e assumir isso é parte importante de um processo libertador.
O autoconhecimento é a única forma de sair desse ciclo vicioso de lágrimas às segundas e geladas às sextas, é permitir-se olhar para o futuro e não amedrontar-se perante as incertezas. É ter a coragem de tomar as rédeas de nossas vidas e mudar o rumo de nossas trajetórias, é sair da carruagem e montar o cavalo, sentir o vento no rosto, o calor do sol e a certeza de que estamos seguindo o caminho certo dando o melhor de nós. É, acima de tudo, arriscar e nos permitir viver mesmo com todas as cobranças internas e externas. É entender que tudo tem um tempo certo e que cabe a nós a busca incessante por nossa evolução.
Olhando para dentro de nós mesmos compreendemos o mundo. Questionando nossas crenças, valores, pensamentos, percebemos que muitas vezes, somos os grandes vilões de nossas próprias histórias e entendemos o porquê que os resultados não aparecem, porque as fórmulas mágicas não funcionaram.
Esse nem sempre é o caminho mais fácil e rápido. Por vezes, torna-se necessário buscar auxílio de especialistas nas áreas de desenvolvimento pessoal e trabalhar nossa mente a alma com eles. É se entregar nas mão de um profissional e confiar que se está em boas mãos para assim, e só assim, quebramos as barreiras que nos impedem de progredir, como os atores quando quebram a quarta parede e chegam ao seu público.
Nos permitir viver, mesmo que dentro dessa louca e sufocante lógica do mundo moderno, é isso que precisamos fazer.